terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A Charola

Com Raízes Medievais na Tradição Natalícia (Século V a XV), a Charola canta Iolas ao Deus Menino,o e na última actuação atira chacotas em honra dos anfitriões. 
Actualmente, o canto de uma Charola é um louvor cantado ao Deus Menino por um grupo de pessoas. Transportam Uma Pequena Caixa enfeitada com o presépio, a Caixa do Menino, que possui uma ranhura tipo Mealheiro para receber os donativos das pessoas que assistem aos cantares.
Para além de um reportório musical, uma Charola é uma manifestação cultural ancestral, que felizmente em Portugal ainda perdura. No Sotavento Algarvio existe nos seguintes concelhos: Faro, São Brás de Alportel, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.
Por norma, as Charolas existem em meios rurais, pois é nesses pequenos lugares que têm as suas raízes e actuam entre o Ano Novo e os Reis, nos mais diversos locais (casas particulares, cafés e outros  locais públicos de convívio).
As suas canções são constituídas por versos simples e ditos populares, sem grandes requisitos artísticos, sendo sobretudo pela celebração das datas evocadas.
Embora com a mesma designação, cada grupo pode ter um sua composição elementos característicos a nível de instrumentos musicais, reportório e outros.
Alguns elementos comuns às Charolas são o estandarte com o nome do clube,  Associação, terra ou apenas o nome da Charola; o acordeão; castanholas, pandeiros; o apito utilizado pelos principiadores para dar início e terminar e ainda para iniciar e terminar todos os números e ainda dar entrada ao Elemento que vai "tirar uma viva"; as fitas coloridas que exibem e decoram os instrumentos musicais.
No canto, os grupos apresentam normalmente dois elementos designados por  "Principiadores", um para o estilo "Velho", um para o estilo "Novo" e o Coro é designado por "Respondedores", constituído pelos elementos da "Pancadaria (ou os tocadores de castanholas, pandeiros, ferrinhos).
  






































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